Durante uma sessão da Comissão de Assuntos Exteriores do Congresso dos Estados Unidos, a deputada republicana Maria Elvira Salazar expôs uma foto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto criticava sua atuação. A deputada também chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "ex-condenado" por corrupção durante a audiência, que contou com a presença de deputados e senadores da oposição brasileira na tribuna.

As declarações da deputada republicana foram recebidas com aplausos pelos presentes e pelos membros da oposição brasileira. O jornalista Paulo Figueiredo elogiou a coragem da congressista por "dizer o que todos pensam". Salazar afirmou que não sabe se o ministro é um socialista, um tolo ou um tolo útil para os socialistas, mas ressaltou que ele está limitando um dos direitos fundamentais de uma democracia, que é a liberdade de expressão. A deputada também elogiou Elon Musk, fundador do Twitter, por desafiar as decisões do ministro do STF.

A sessão tinha como tema "Brasil: a crise da democracia, liberdade e Estado de Direito?" e contou com testemunhas que falaram sobre supostos ataques à liberdade de expressão, censura e excessos do Judiciário brasileiro, citando as decisões de Moraes. Entre as pessoas ouvidas estavam o jornalista norte-americano Michael Shellenberger, autor do Twitter Files; Christopher Pavlovski, fundador do Rumble - uma rede social que saiu do Brasil devido a discordâncias com decisões judiciais em 2023; e Paulo Figueiredo Filho, jornalista investigado por suposta propagação de desinformação nas eleições de 2022 e neto do ex-presidente João Figueiredo.

Além das testemunhas, estiveram presentes os deputados federais brasileiros, incluindo Bia Kicis, Nikolas Ferreira, Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer, Cabo Gilberto, Filipe Barros, Rodrigo Valadares e Marcos Pollon, assim como o senador Eduardo Girão e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol. As autoridades brasileiras estavam presentes como convidados do Congresso dos EUA em uma missão oficial, custeada pela Câmara dos Deputados. Dallagnol custeou sua viagem com recursos próprios.